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Em um Mundo interior é uma série que busca observar o universo de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo, de forma poética e tocante. Ao acompanhar o dia-a-dia de sete crianças brasileiras de diferentes regiões, classes sociais e graus de transtorno, a série pretende propiciar uma experiência sensorial e cognitiva ao espectador.
Este episódio acompanha o dia a dia de Igor, 4 anos, que vive em Porto Alegre. Igor estuda em uma pequena escola particular inclusiva, e também faz terapia com o respeitado psicanalista especializado em autismo, Alfredo Jerusalinsky. Os pais de Igor, zeladores de família classe média, narram como perceberam os primeiros sintomas, e as dificuldades que passaram durante o fechamento e a aceitação do diagnóstico. Apesar da pouca idade, Igor vem evoluindo bem, inclusive já consegue ler e escrever precocemente. Com a ajuda de especialistas e colegas, Igor vem conseguindo estabelecer laços sociais significativos com outras crianças e adultos.
Mathias (12 min)
Mathias, 4 anos, estuda no colégio Paulicéia em Campo Belo, onde pouco mais de 30% das crianças têm algum tipo de síndrome ou transtorno, sendo que muito são autistas. Nesta escola através de atividades especificas de ABA, Mathias aprende a desenvolver diversas habilidades que para outras crianças apareceriam quase que de forma natural. Ele aprende a falar os nomes de objetos, números, cores. Assim como estabelecer relações entre os fatos e fazer deduções cognitivas. Mathias também aprende a se relacionar com seus colegas, e fazer coisas que parecem simples, como ir ao banheiro e escovar os dentes. Mathias tem a sorte de pertencer a uma família muito afetiva é dedicada. Ele vive com seus pais, um irmãozinho ( que não está no espectro) e seu querido cachorro. Apesar do inicial diagnóstico de autismo severo, Mathias tem feito avanços importantes na fala e nas estereotipias. A família tenta ao máximo manter uma rotina normal, com direito a parquinhos, banhos de piscina e idas ao supermercado.
Júlia (13 min)
Acompanha a vida de Júlia, 7 anos, negra, que vive com a família (pais e dois irmãos mais velhos) em um bairro de classe média em São Paulo. Os pais de Julia contam como foi complicado definir o diagnóstico da filha, que desde de pequena já era bastante agitada e chorava muito. Atualmente, Júlia frequenta a escola pública Amorim Lima, onde, apesar de todas as dificuldades, ela vem se desenvolvendo e se alfabetizando com sucesso. Além da escola, Júlia também faz natação e frequenta o Lugar de Vida; um centro de educação terapêutica, coordenado pela especialista em autismo Maria Criatina Kupfer. Júlia tem um temperamento difícil, é briguenta, teimosa, e tem dificuldade na convivência com os colegas. No entanto, isso não a impede de seguir em frente, construindo novos saberes, e se relacionando com outras crianças e familiares.
Isa (12 min)
Isabela tem 10 anos, é de classe media alta, e estuda em uma escola particular paulista. Antes do primeiro ano de vida, a família de Isabela já começou a perceber os sinais que indicavam que algo não estava normal no desenvolvimento da menina. Depois de muito pesquisar, a família acabou fazendo um teste genético nos EUA, e descobriu a síndrome de Phelan-McDermid, que está dentro do TEA (Transtorno do Espectro do Autismo ). É uma condição genética rara de deleção do cromossomo 22q13, e que provoca atraso no desenvolvimento em múltiplas áreas, especialmente a capacidade de falar. A partir desde diagnóstico a família iniciou uma jornada em busca de terapias que pudessem melhorar ao máximo o estado de Isabela. hoje em dia ela vai para a escola Vera Cruz, que desenvolve um trabalho integrado com a fonoaudióloga e com a Terapeuta Comportamental. Um dos aspectos mais interessantes, é que Isabela apesar de apenas emitir alguns sons, já consegue se comunicar muito bem através de sistemas de imagens e de letras (ela já se alfabetizou e sabe construir frases em seu I PAD, que vive sempre pendurado em seu ombro, como uma bolsa). Com todas as suas dificuldades, ela é uma criança alegre, afetiva e muito disposta para enfrentar A maratona de atividades que precisa cumprir no seu cotidiano. As crianças da classe a adoram e tratam ela com um carinho comovente.
Enzo (13 min)
Enzo, de classe média paulista, 4 anos, autista clássico, além de problemas concomitantes como uma hipotonia significativa, problemas de fala e alergias alimentares. Se deixado ao sua própria vontade, Enzo passa o dia inteiro na frente de um computador vendo repetidamente logotipos de programas e canais de televisão. Ele tem dificuldade, aflição de certos sons e texturas, por exemplo: o barulho do vento o incomoda, e ele só come alimentos pastosos ou que se desmancham na boca. Devido a frequentes problemas de saúde, Enzo deixou de frequentar a escola. Atualmente faz Terapia Ocupacional para melhorar suas condições motoras; e frequenta uma fonoaudióloga que faz um trabalho diferenciado integrando a fala com movimentos e toques corporais.
Betinho (13 min)
Robertinho tem 10 anos e mora em um bairro de classe média alta em Recife, junto com seus pais, avós e irmão mais velho. Ele é o caso mais grave de autismo da série: Além de ser não verbal e ter comprometimento cognitivo, Roberto se auto lesiona o tempo todo, batendo a cabeça na parede, gritando, se mordendo ou se jogando no chão. O episódio acompanha como é o seu dia a dia na escola pública que frequenta, e como é a convivência com a professora, colegas de classe, babá, acompanhante, e psicopedagoga de atividades especiais. Além disso, o episódio mostra a fundação Afeto, criada para tratamento de autistas da região, e conversa com Meca, uma importante Terapeuta Comportamental, que trata de Betinho há poucos anos, mas que já conseguiu respostas muito satisfatórias.
Erick (13 min)
Erick, 17 anos, Asperger, de família classe média alta de São Paulo. Erick é um menino que apesar da sua dificuldade de integração social, está se formando como ator de teatro, luta Aikidö, faz inglês, natação, já trabalhou com dublagens, faz musculação, e devora livros e filmes sobre dragões. Também gosta de escutar música e ler livros de teatro. Desde bem pequeno Erick apresentava certas características que logo o colocaram dentro do espectro. A partir daí, sua mãe nunca mais parou de correr atrás de tudo o que pudesse ajudar no desenvolvimento do filho. Questões sobre como seria o seu futuro e sua vida afetiva e profissional, se colocam para a família, que sempre lutou ao máximo pela sua independência. Tanto que ele vai viajar sozinho com a sua treinadora de Aikido para o Japão!