Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Em mais de seis mil km de andanças, a propósito de visitar comunidades ditas “periféricas”, como Quilombos, Aldeias Indígenas e Acampamentos de Sem Terra, em buscas de imagens para um filme, acabamos encontrando realidades insuspeitas no tocante a atuação e a liderança feminina. Aquilo que se conhece sobre a submissão da figura feminina nos meios urbanos é inversamente verdadeiro nessas comunidades. Numa correlação com a teoria do feminismo comunitário desenvolvida pela escritora e ativista boliviana Julieta Paredes sobre os povos de Abya Yala [palavra de origem kuna que quer dizer América], onde ela afrma: “O feminismo comunitário é a luta de qualquer mulher, em qualquer parte do mundo, em qualquer tempo da história, que luta e se rebela contra um patriarcado que a oprime ou pretende oprimir”. Seguimos assim os rastros brasileiros dessa afirmação de Julieta, para observar as comunidades brasileiras no sentido de entender o quanto é a própria prática social que nomeia e explica os sonhos, as lutas e a própria liderança feminina.