Diana, Ana Aureliana, Papoula e Maria sempre foram inseparáveis, viveram juntas momentos importantes e inesquecíveis de suas vidas e são amigas desde a adolescência. Mas como a vida separa as pessoas, para não separar só fazendo muita força, quase não se encontram mais. Papoula está se separando do marido e sofrendo muito, pede ajuda das amigas. As quatro se encontram e percebem que estão com muitas saudades uma da outra e marcam então de se ver religiosamente uma vez por semana, no mesmo dia, hora e lugar, para conferir as filosofias, colocar a vida em dia, compartilhar das agruras e prazeres do dia a dia.

Em todo grupo de amizade há ressentimentos, principalmente, se os amigos convivem há anos. Maria, Aureliana e Papoula vão surpreender Diana, e ajudá-la no lançamento de seu livro. Mas Diana já havia sinalizado que não queria ajuda, nem lançamento. Então, diante de uma importante editora de livros, Diana, magoada, levanta a bola de ressentimentos passados. Em meio a momentos cômicos e dramáticos, elas percebem que a vida é breve e pode ser leve. Amigos de longa data quando se estranham, é sinônimo de intimidade.

Amigos de longa data se reúnem no Fiorentina para comemorem o aniversário de Duda, artista plástico de sucesso. Diana escreve em seu laptop: "Sempre achei um charme isso dos escritores escreverem em mesa de bar. Em meio à boemia. Porque a boemia é a esperança do amor eterno". Aureliana está angustiada, insegura, envolvida com um homem mais novo. O dia é comandado por cupido, o Deus do amor. Todos bebem muito. Revelações, amores, transas acontecem ali mesmo.

Sabe aquele dia que você tem vontade de ficar em um bar jogando conversa fora? O telespectador se sentirá um voyuer. Se você sempre teve curiosidade de escutar o que quatro mulheres em um restaurante falam entre si, não perca esse episódio. Em meio a muita conversa fiada, a muitas feminices, meninices, elas revelam experiências sexuais e os sentimentos relacionados ao corpo que passa por profundas transformações biológicas.

Aos cinquenta anos, Papoula e Maria viveram a perda da melhor amiga. A amiga da vida inteira. Mesmo que vivam mais cinquenta anos, aquela amiga que partiu é insubstituível. A beleza do encontro que acontece na infância e perdura pela vida adulta é uma poesia que não se repete. Os relatos de Maria e Papoula emocionam Diana e Ana e a chuva vem para dar sentido a saudade eterna.

Papoula está preocupada com o futuro de suas filhas. Diana acha que não teve filhos porque não aguentaria amar tanto. Maria fala das expectativas que temos em relação a nossos filhos e Ana Aureliana das delícias de ser avó. Elas recebem a visita de Lucas, neto de Aureliana que as leva numa aula de surf. Dizem que a fonte do prazer é a fonte do conhecimento. Existem muitas coisas novas para se conhecer aos 50.

Reclamar é pecado? Quem não gosta de reclamar da vida, certamente, reclama de quem gosta. Reclamar é humano. Às vezes em tom de dramalhão mexicano, outras vezes, em tom de bossa nova, nossas amigas reclamam de tudo. A culpa é do tempo. O Rio de Janeiro nublado, sem praia, deixa o carioca melancólico. O céu e o mar parecem uma coisa só, e a vida uma roda gigante de problemas imutáveis. Mas, a auto piedade é percebida, e de alguma forma elas reconhecem na areia de uma praia que mais parece uma cenário lunar, que são extremamente felizes, apesar de mortais e de um dia acinzentado.

Maria, nossa personagem bem-sucedida profissionalmente, tem muitos empregos e gosta do que faz. Mas, ao invés de desfrutar de seus ganhos, vai se enredando em responsabilidades, comprometendo-se com altas contas e com o auxílio a muitas pessoas da família. Com muito humor, dá o seu depoimento, dizendo o quanto paga, mas que todas as responsabilidades, na realidade, são investimentos afetivos. Com a chegada de um primo ex-milionário no restaurante fica evidente como o mundo financeiro é cheio de altos e baixos. E, no final, chega o próprio marido, desempregado, que a surpreende com uma proposta.

Papoula está em mais uma crise com Augusto que saiu em turnê de trabalho e não a levou para Roma. No encontro, Diana traz um livro: A curva da Felicidade. Uma pesquisa feita com milhares de mulheres onde se conclui que a melhor fase da vida é quando são bem jovens e após os 60 anos. Portanto, fazem planos acreditando que um futuro maravilhoso as espera. Aos 30 elas pensam, é agora ou nunca; aos 50 elas concluem, a vida nunca esteve tão perto do agora.

Ana Aureliana chega aos 60 anos e resolve comemorar em Nova York. Convence as amigas de irem junto, numa grande celebração à Amizade - e ao criador Domingos Oliveira. Maria, infelizmente, não pode ir. Mas o desapego é uma das lições aprendidas. Diana, Ana e Papoula se divertem e se aproximam ainda mais em NY, enquanto Maria trabalha com o marido no Rio de Janeiro. No Fiorentina, um grand finale as recebe. Ficção e realidade se misturam, em uma comovente despedida não só da Série, mas, principalmente, do grande diretor Domingos Oliveira que durante toda a vida se dedicou ao cinema, ao teatro, a TV, aos amigos e aos amores.